Sabem aqueles dias em que uma pessoa não devia ter saído de casa?!
Sabem?!
Hoje foi um desses dias. Em que tudo corre mal, em que tudo esbardalha à nossa frente, em que parece que o mundo e o universo conspiram contra nós.
A sério, BRING IT ON!!!!!!!!!
E só para colocar a cereja no topo do bolo da desgraça nem sabem o que me acabou de acontecer…
Consegui, por entre o degredo, ir à minha aulinha de dança da hora do almoço, porque pensei “vai lá Marta desopilar a mente e o espírito que hoje estás a precisar”. Mereces!
Bom, fiz o meu shake shake, shake da alma, fui a correr para os balneários e depois do banho e de me despachar, saí lançada para chegar ao trabalho a horas. Para tentar encontrar o cartão do ginásio para sair nos torniquetes de segurança, pousei a mala do treino nos bancos, vasculhei até ao forro a dita e lá encontrei a minha identificação para sair. No processo tirei roupas, tirei ténis, tirei a bolsa da maquilhagem. Voltei a por tudo dentro da mala e saí.
Quando cheguei ao carro posei a mala no porta-bagagens e quando ia para tirar, para o banco da frente, a bolsa da maquilhagem, para para botar um pó na cara porque tinha gravações à tarde, percebi que ela não estava lá. Oi?! Como assim!? Mas ela estava mesmo ali, eu vi-a quando estava a vasculhar a mala. Eu vi. Eu mexi. Se calhar deixei lá nos bancos.
Fechei a mala, fechei o carro, tranquei o carro e regressei ao interior do ginásio. Vou directa ao sítio onde tinha estado para perceber que… NADA! Não estava lá nada. Fui aos balneários e NADA. Fui ao bar e NADA. Fui à recepção e NADA. Ninguém viu, ninguém entregou, ninguém deu por conta.
Como assim?! Foi uma questão de minutos entre mim e a bolsa. Mas as evidências eram claras – alguém fanou a minha bolsa de maquilhagem… SILÊNCIO…
QUEM É QUE FAZ UMA COISA DESTAS!!!?!?!?!?!?!?! QUEM!?!???!!??!?!?!?!?
Quem é que rouba coisas?! Quem é que fica com coisas que não lhe pertencem?! Como é que isso se processa? Não percebo. Furto é uma coisa que não consigo MESMO compreender.
Resultado: era a minha bolsa da Zoeva, cheia de pincéis da marca entre outros, com alguns dos meus produtos preferidos como o blush da Nars, o meu rimel da Lancome, uma base de olhos da Givenchy, o bronzer da Nuxe, um iluminador da Becca, uma paleta linda da Zoeva cheia de cores que amava, o bronze da Flormar que dava um ar à pele incrível e outras coisas que já não consigo nomear. Em contas de cabeça deviam lá estar mais de 300€ em produtos. Produtos, esses, que comprei com o meu dinheiro, dinheiro do meu trabalho e que me custou muito a ganhar e levaram tempo a comprar.
Morri. Estou morta por dentro. Eu sei que parece um “problema de primeiro-mundo”, mas esta sensação de apropriação de coisas sem a nossa autorização mexe comigo.
É que mais do que serem produtos que adoro e que fazem parte da minha rotina, são o meu instrumento de trabalho. Estou um escroto (limpando lágrimas).
Ainda tenho uma réstia de esperança, vinda desta positividade que me assiste, que amanhã apareça no ginásio e que por magia me dirija à recepção e alguém me diga que encontrou a minha bolsa. Yah, right…
Não compreendo.
Assinado: Marta-de-Cara-Lavada